sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Tá na hora de se amar, garota!

Photo by Bart LaRue on Unsplash
Eu era daquelas garotas que quando se apaixonava perdidamente, não existia mais nada na frente. E isso aconteceu umas boas poucas vezes, mas o suficiente pra me abalar, principalmente psicologicamente.

É nessas horas de amor incondicional ao outro que a gente acaba esquecendo do nosso querido amor próprio. Aquele que SEMPRE devemos ter em primeiro lugar.

Essa última paixão foi a mais devastadora e duradoura que eu já tive. Foi paixão a primeira vista e me vi totalmente dependente dele e do sentimento que havia entre a gente. Aposto que você se identificou com algum relacionamento seu nessa parte.
O problema começou a surgir quando o relacionamento acabou sem explicação concreta após 4 meses incríveis. Comecei a achar que o que eu sentia podia ser suficiente para nós dois, ou que talvez eu não fosse boa o bastante nem pra ele nem pra ninguém. E aquilo, de ficar procurando respostas e brechas começou a me matar por dentro. Eu vivia exclusivamente pra preencher o vazio que ele tinha deixado, já que se ele não me amava, ninguém mais poderia me amar ou chegar perto perto o suficiente. E foi exatamente aí que o meu amor próprio também morria.


E essa coisa que eu sentia por ele me consumiu por uns dois anos. Sim, é muito tempo pra ficar sofrendo por uma pessoa. E eu até tive outros relacionamentos depois dele, mas nunca deixava a pessoa se aproximar por completo. A verdade é que até aquele momento eu estava intoxicada e com medo de ficar tão dependente de outra pessoa em questão sentimental. Como disse, achava que não era digna do amor de ninguém, me via como um brinquedo quebrado e achava que ninguém teria coragem de me ajudar a concertar. 
E você deve estar se perguntando porque eu fiquei tão dependente de uma pessoa em tão pouco tempo, afinal foram apenas 4 meses juntos. Na verdade não sei explicar. Ele era uma pessoa apaixonável, doce, gentil e conquistador. As coisas pioraram após o término porque eu via sinais do sentimento dele em tudo o que ele fazia e queria a todo custo achar uma resposta pro fim do nosso futuro juntos. Com esses "sinais", eu sempre achava que um dia ficaríamos juntos mais uma vez, e devo te contar que realmente ficamos junto mais uma única vez depois de uns 2 anos. O que me serviu pra ver que eu tinha seguido em frente.

E por falar em seguir em frente, na vida a gente faz escolhas que nos levam a algum lugar e depois de perceber que eu havia superado toda essa fase de amor incondicional eu percebi que precisava me apaixonar perdidamente mais uma vez. Me deixar levar pelo sentimento, fazer uma loucura uma vez na vida, me sentir mais viva finalmente.
A essa altura eu já tinha recuperado o meu amor próprio, não me deixando levar por qualquer promessa vinda dele ou de qualquer outro cara com quase nenhuma intensão de cumprir, não me abalava mais com poucas coisas, dessa vez queria algo com certezas e estava pronta pra isso.

Falei sobre escolhas pois algumas são boas e outras nem tanto.
Com toda a falta de amor próprio eu deixei de enxergar muitas coisas, muitos sentimentos e abri mão de amores e amizades. Desenvolvi uma ansiedade que não me deixou ver claramente nesse tempo que o que eu mais queria e precisava estava bem do meu lado. Sem contar as doenças que desenvolvi. E hoje ainda estou aprendendo a me controlar quanto a essa ansiedade.

Sei que hoje, 3 anos e meio depois do ínicio de tudo eu posso dizer que me desintoxiquei, aprendi a me amar e principalmente a aceitar o amor. Sei que sou digna do amor de alguém e que ninguém mais além de mim mesma poderia me concertar. Os medos acabaram e aprendi o que é amar de verdade incondionalmente alguém.

Quem ama deixa livre!

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